A feira tinha começado muitos dias antes, tal a complexidade da organização, tantas as pessoas envolvidas e os recursos requeridos, mas era a 28, sexta-feira, que ela se mostrava à comunidade. E, com efeito, tudo estava pronto à hora marcada. O tempo ajudou e o clima de festa pairava no ar logo que se entrava na escola.
Manhãzinha cedo, ultimavam-se os preparativos para a Feira do Empreendedorismo, com as turmas, os professores, os funcionários e as famílias numa saudável azáfama para que, logo mais, todos os stands estivessem decorados e recheados de produtos capazes de seduzir o «público». O objectivo era vender e facturar o mais possível já que o produto da venda reverte sempre para as actividades escolares.
E trabalharam todos muito bem: havia muitas iguarias, trabalhos feitos pelos alunos, da bijutaria aos saquinhos de aromas, caixas decoradas, material escolar personalizado; havia pinturas faciais, manicura e um sem número de ofertas mas, acima de tudo, muita criatividade, muita simpatia e um marketing «verdadeiramente agressivo».
Entretanto, no pavilhão gimnodesportivo, jogava-se Futsal num torneio entre equipas da escola e os bombeiros locais. Lá fora, na rua repleta de entusiasmado público, desciam vertiginosamente os carrinhos de rolamentos em mais uma edição do «Louroling». Desta vez, não foram muitos os participantes, mas os «bólides» estavam bem construídos e não se registaram acidentes. Mesmo assim, os bombeiros estavam presentes e a polícia havia fechado a rua um pouco antes, prevenindo qualquer eventualidade.
No final da manhã distribuíram-se os prémios aos nossos ilustres nadadores da equipa de desporto escolar e aos vencedores do Louroling.
Com a chegada da hora de almoço a afluência aos stands das turmas aumentou. Bifanas, panados, acepipes e carne assada, crepes, gelados e muita muita doçaria, deixavam no ar um cheirinho apetitoso e nos «cofres» alguns euros. Ao mesmo tempo montavam-se os stands de grupos disciplinares e iam chegando os artesãos e artistas locais. A feira começava agora a ficar mais rechonchuda: roupa, bordados e crochés, pinturas, esculturas, cerâmica, cestaria, ervas aromáticas, chás, pipocas e outras guloseimas e deliciosa comida vegetariana.
Para gastar energias, quem quisesse, podia tentar derrubar latas com tiros de bolas de tinta, saltar no insuflável, participar nos jogos tradicionais ou, com coragem, subir a parede de escalada que, altiva, dominava o campo de jogos.
A tarde foi animada e, à medida que avançava, crescia o número de visitantes na escola. Ao fundo da escadaria iam evoluindo turmas com números de dança e cantorias, belas vozes no karaoke e professoras destemidas na dança aeróbica. Na zona de restauração assava-se um porco e preparava-se o caldo verde. No campo de jogos, antes da hora de jantar, houve ainda tempo para assistir uma interessante sessão de obediência canina.
A noite chegou e com ela muita gente. Comida saborosa, boas compras e um óptimo ambiente de convívio viriam a encerrar a Feira das tradições 2010 não sem antes se poder assistir a uma exibição de folclore e uma sessão de fogo de rua promovido por colectividades locais.
Parabéns à organização, aos alunos, aos professores e funcionários, e obrigado aos pais e a todas as famílias e entidades que colaboraram com a nossa escola em mais uma feira que fica para a história.
LFC
