Não foi muito o público presente, mas foi animado e profícuo colóquio que «O Rolhinhas» levou a cabo para debater as relações dos jovens com a comunicação social. O painel de convidados era de grande qualidade e prometia, e as expectativas não saíram defraudadas. Sara Dias de Oliveira, apoiada nos resultados de um inquérito realizado na nossa escola entre alunos do 6º ao 9º ano, sobre hábitos de consumo de jornais e notícias, lançou o debate e a conversa fluiu, depois, animada, durante quase 3 horas.
Manuel Queiroz, Albino Almeida, Eduardo Jorge Madureira, Paulo Fonseca e Ricardo Morais, trouxeram à discussão abordagens muito interessantes sobre o panorama actual dos media e do papel que eles desempenham na formação dos jovens, fazendo rapidamente esquecer, pela riqueza dos contributos e dinâmica das intervenções, o atraso de meia hora com que começou a sessão.
Questões como a inevitabilidade do sistema mediático, os interesses comerciais associados ao negócio dos media, a exclusão e a imagem dos jovens nos media, o papel da família, a importância dos jornais escolares e, claro está, a educação para os media, foram alguns dos temas que suscitaram aceso debate e maior intervenção dos presentes. De registar a presença de uma forte «delegação» da CONFAP, muito interessada e participativa, e que se fez acompanhar pelo presidente da congénere espanhola.
No final, os próprios convidados confessaram a enorme satisfação por terem estado presentes e confessaram ter sido para eles, também, um excelente momento de reflexão, tendo saído do auditório da junta de freguesia de Lourosa mais esclarecidos e enriquecidos tal foi a qualidade do debate.
O balanço para este 1º colóquio d’«O Rolhinhas» é francamente positivo. A organização esteve em muito bom plano, para o qual muito contribuiu a inestimável colaboração da equipa da Junta de Freguesia de Lourosa e o apoio da CM de SM da Feira. Pena foi mesmo a reduzida adesão do público, jovens, pais, professores mas, considerando que à mesma hora se realizavam outros eventos em Lourosa, «O Rolhinhas» acredita que não tenha sido o tema escolhido mas sim a data, o grande responsável por uma sala apenas composta. Sem dúvida que ficaram a perder aqueles que não puderam estar presentes.
A experiência foi muito boa e, no próximo ano, haverá mais. O tema já está definido e oportunamente será divulgado.
LF Cálix
